A decisão deixou a família das irmãs, técnicas em enfermagem, indignada e, desde quando soube do resultado, pede justiça através da imprensa e redes sociais.
Há um ano e nove meses as irmãs, técnicas em enfermagem, Sandra Maria Martins Pernambuco, 44, e Ana Paula Martins Pernambuco, 38, vítimas do atropelamento cometido pelo comerciante Éder Mourão de Sá, clamam por justiça. O pedido de prisão preventiva do denunciado ou outra medida cautelar foi indeferido dia 4 de outubro de 2021, pelo juízo da 1º Vara Criminal da Comarca de Sobral. A decisão deixou a família das técnicas em enfermagem indignada e desde quando souberam do resultado as irmãs pedem justiça através da imprensa e redes sociais.
Ana Paula, vítima mais grave do acidente, recebeu o diagnóstico de paraplegia secundária a traumatismo raquimedular e ainda outras sequelas como: bexiga neurogênica, Intestino neurogênico, dor neuropática, espaticidade, seringomielia pós-traumática. Sua irmã Sandra Martins, que conduzia a motocicleta, se recuperou bem sem sequelas. A técnica em enfermagem disse para o Portal Paraíso que só de medicamento gasta cerca de R$ 2 mil, fora a cuidadora, alimentos e fraldas geriátricas. Sua irmã, Sandra Martins que conduzia a motocicleta já se recuperou sem sequelas físicas, só emocional.
O caso aconteceu dia 16 de janeiro de 2020, por volta das 18h, quando o comerciante saiu de Fortaleza, Ceará para Sobral, interior do Estado, numa camionete blindada, Toyota Hilux SW4, cometendo várias infrações de trânsito. Já em Sobral, Éder Mourão furou dois bloqueios da Polícia Rodoviária Federal – PRF, bateu em uma das viaturas e mais três carros e, em perseguição policial, atropelou as irmãs na Avenida Ildefonso de Holanda Cavalcante (Perimetral). O infrator seguiu sem prestar socorro arrastando a motocicleta das vítimas a aproximadamente 200 metros. Os policiais tiveram que atirar nos pneus da camionete para forçar a parada.
No dia 13 julho do mesmo ano, o Ministério Público do Ceará denunciou o comerciante à justiça, por dupla tentativa de homicídio e prática de crime de trânsito. Segundo a denúncia apresentada pelo promotor de justiça José Borges “o denunciado continuou seu curso arrastando a motocicleta das vítimas por mais de 200 metros, evadindo-se do cenário do crime sem prestar qualquer socorro”.
O Portal Paraíso falou com o advogado das enfermeiras que se comprometeu em falar sobre o caso na quarta-feira (27/10).
Por Edwalcyr Santos
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