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3ª ONDA DA COVID-19 CHEGA AO FIM EM FORTALEZA, APONTA SECRETARIA DA SAÚDE

 

Mesmo com casos e óbitos em queda, cuidados devem ser mantidos e aumento da vacinação é decisivo(foto: FERNANDA BARROS)

Após início abrupto e aumento explosivo, a terceira onda da Covid-19 em Fortaleza chega ao fim. A média móvel de casos (21,6) é 68% menor do que há duas semanas (68,1), confirmando decaimento consistente e rápido. O cenário é de baixa transmissão, avalia boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) divulgado nessa segunda-feira, 7.

A terceira onda começou com a dominância da variante Ômicron nos últimos dez dias de dezembro de 2021 e alcançou o pico no dia 19 de janeiro de 2022, quando foi registrada média móvel de 3.415,6 casos. O pico da média móvel de óbitos — ainda passível de revisão — ocorreu no dia 26 de janeiro, sete dias depois, quando foram registradas 23 mortes.

O número de mortes também foi alterado no terceiro ciclo de disseminação, mas com menor intensidade em relação às ondas anteriores. Entre 26 de fevereiro e 4 de março, a média móvel de óbitos estimada foi de 2,1. Este valor é 51%, em média, menor do que o registrado duas semanas atrás. Contudo, avaliação ainda é preliminar, considerando o atraso nas notificações.

Conforme levantamento da pasta, "a tendência atual continua de declínio do número de óbitos a cada 24 horas". O aumento da mortalidade no mais recente ciclo epidêmico foi associado à Ômicron e à não vacinação ou imunização incompleta. A variante dominante é altamente transmissível e causou graves dados mesmo que, em tese, seja menos agressiva. 

Os casos graves foram identificados principalmente "em indivíduos não vacinados e naqueles mais idosos com comorbidades e sem a dose de reforço", o que provocou aumento da mortalidade.

Outro fator que reforça o cenário de queda são os registros de atendimentos, que voltaram ao nível anterior à terceira onda. "Após sucessivas semanas de diminuição nos Postos de Saúde e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), houve estabilidade da demanda assistencial", diz o documento.

Uma proporção das síndromes gripais atendidas atualmente são causadas por outras viroses sazonais respiratórias. A taxa de positividade das amostras (RT-PCR) analisadas pelos laboratórios da rede pública na Capital foi de 3,9%. Exames foram realizados entre os dias 28 de fevereiro e 6 de março.


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