O médico Aloísio Vieira Silva, de 29 anos, encontrado morto no apartamento onde morava em Montanha (ES), no último domingo (26/3), teria marcado um encontro com o assassino pela internet, segundo a Polícia Civil. O suspeito, identificado como Carlos Magno Santos Santana, foi encontrado horas depois com os pertences da vítima, e confessou o crime.
De acordo com a Polícia Militar, a corporação foi acionada no domingo pela manhã por colegas de trabalho de Aloísio, que estranharam o fato de o médico estar atrasado para o trabalho. Eles decidiram ir até a casa dele e o encontraram caído, com sangramento no rosto e sem vida.
O suspeito foi detido horas após o crime, no bairro Cobras, em Conceição da Barra. O homem estava em um bar e não resistiu à prisão. De acordo com a investigação, a vítima foi morta a facadas e, após o crime, teve o carro e pertences pessoais levados pelo suspeito.
Encontro marcado
Em depoimento à polícia, Carlos Magno relatou que os dois marcaram um encontro pela internet e passaram o dia em Conceição da Barra, município vizinho a Montanha. Eles teriam seguido juntos no carro do médico para a residência dele, onde permaneceram por cerca de cinco horas.
O suspeito, então, “teria matado a vítima, subtraiu seus bens, pegou o veículo da vítima e foi passear. Demonstrou tamanha frieza e indiferença que parou e foi pra um bar. [Também] teria postado um vídeo usando o veículo da vítima e passeado em Conceição da Barra querendo usufruir como se dele fosse sem nenhuma preocupação e arrependimento”, declarou o delegado Eduardo Mota, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Montanha, ao G1.
Apesar de o suspeito ter dito à polícia que esse foi o primeiro encontro com a vítima, as investigações apontam que os dois tinham se encontrado outras vezes, o que pode indicar que ele já tinha a intenção de tentar matar o médico, e que trata-se de um crime premeditado.
Carlos Magno foi autuado por latrocínio, roubo seguido de morte. Segundo informações da Polícia Militar, o suspeito tem pelo menos outras cinco passagens pela polícia, desde 2014, todas relacionadas a crimes patrimoniais, como roubo e estelionato.
Metrópoles
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