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CEARENSE LUTA PARA PROVAR INOCÊNCIA APÓS IRMÃ SE PASSAR POR ELA EM CASO DE FURTO

 


Ana Beatriz é uma cearense que se vê obrigada a comprovar com frequência que ainda mora na mesma residência em Fortaleza, além de estar impedida de viajar para fora do Ceará. Isso se deve a uma denúncia contra ela por um crime que não cometeu. Sua irmã, Larissa Rute, se passou pela familiar quando foi presa por furto em fevereiro de 2023, e a irmã inocente tenta, há dois meses, se livrar do processo.

Larissa já respondia por outros crimes, mas como se passou pela irmã, Ana Beatriz, acabou recebendo o benefício de ser ré primária, com algumas condições: tinha que ir mensalmente assinar um termo comprovando que está morando na mesma cidade; não pode se mudar; e não pode comparecer no supermercado onde ocorreu o furto. As medidas são cumpridas agora pela familiar inocente, que tenta se livrar do processo.

Segundo a Defensoria Pública do Ceará, Larissa foi presa em 28 de fevereiro por furtar produtos em um supermercado no Bairro Granja Portugal, na periferia de Fortaleza, e quando foi detida, estava sem documentos. Na Delegacia de Capturas, questionada pelo delegado, ela afirmou ser Ana Beatriz.

Ana Beatriz relata que a irmã compareceu a uma audiência de custódia, onde há imagens da suspeita usando seu nome, se passando por ela. Quando a juíza autorizou a soltura de Larissa, foi com algumas condições. Uma das defensoras que acompanhou o processo disse que Ana Beatriz tinha que ir imediatamente ao fórum, pois estava correndo o risco de ser presa.

Conforme a defensora Beatriz Fonteles, houve um erro na delegacia ao não verificar a identidade da suspeita de roubo, o que acabou gerando a denúncia contra uma pessoa inocente. "É um dever da autoridade policial proceder com a identificação das pessoas levadas como suspeitas. Essa identificação, em regra, tem que ser feita a partir de algum documento de identidade, como registro de nascimento, RG, carteira de trabalho, carteira profissional, passaporte... a partir desses documentos, há uma identificação civil", afirma.

A defensora explica que às vezes alguém não tem documento na hora e que, nessas situações, a lei prevê a identificação criminal, que são outros procedimentos, como as impressões digitais, o procedimento datiloscópico, tudo isso exatamente para evitar a investigação de um suspeito incorreto.

Ana Beatriz reclama da demora em ser reconhecida como inocente e teme que o processo a prejudique na vida particular e no trabalho. Ela é empregada como atendente de telemarketing e estava na empresa no momento do crime cometido pela irmã que se passou por ela.

A Secretaria da Segurança Pública informou que apura a denúncia contra a mulher inocente. A TV Verdes Mares questionou a pasta sobre o erro na identificação da suspeita, mas ela não respondeu.

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