O deputado federal André Fernandes, representante do estado do Ceará, foi indicado pelo Partido Liberal (PL) para integrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Além de Fernandes, o partido também indicou Eduardo Bolsonaro (SP) e o Delegado Alexandre Ramagem (RJ) como membros titulares do colegiado, enquanto Nikolas Ferreira (MG), Marco Feliciano (SP) e Filipe Barros (PR) foram escolhidos como suplentes.
A CPMI será composta por um total de 32 membros, sendo 16 deputados e 16 senadores. O governo do presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), espera contar com cerca de 21 aliados na comissão, além de ocupar a presidência e a relatoria.
André Fernandes compartilhou os nomes dos indicados pelo PL em suas redes sociais. O deputado cearense foi o responsável por solicitar a instalação da CPMI e é cotado como um dos possíveis candidatos à presidência do colegiado.
No entanto, Fernandes está sob investigação devido às suspeitas de incitar os atos golpistas. Ele fez publicações antes da manifestação, convocando as pessoas a participarem do evento, e durante os ataques aos prédios dos três poderes, onde chegou a zombar dos atos de destruição promovidos pelos manifestantes golpistas.
A criação da CPMI ocorreu em 26 de abril, após mais de dois meses de pressões, por decisão do presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco, do Partido Social Democrático (PSD) de Minas Gerais.
Inicialmente, o governo Lula era contrário à instauração da CPMI, porém mudou de posição após a divulgação de imagens do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, dentro do Palácio do Planalto durante os ataques. Essas imagens levaram à queda do ministro, que foi o primeiro a deixar o atual governo Lula.
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