A partir desta segunda-feira (1°), o valor pago pelo botijão de gás deve aumentar em todo o país. A mudança se deve ao novo modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que passará a ser aplicado ao gás. Com a alteração, será cobrada uma alíquota única nacional em reais por quilo.
No caso do gás, a alíquota será de R$ 1,2571 por quilo, o que significa que, no botijão de 13 quilos, o imposto ficará em R$ 16,34, R$ 2,11 superior à média atual, segundo dados do Sindigás, que representa empresas responsáveis por 99% da distribuição nacional do combustível. Com isso, é esperado que o preço do botijão suba em média 11,9% para o consumidor.
No entanto, como cada estado tinha alíquotas diferentes antes da mudança, o impacto a ser sentido em cada unidade da federação será variado. Enquanto alguns estados registrarão altas acentuadas do imposto, como os R$ 7,49 a mais por botijão em Mato Grosso do Sul, outros terão redução, como em Santa Catarina, com queda de R$ 4,39.
As novas regras para o ICMS foram defendidas pelo setor de combustíveis por facilitar a cobrança do imposto e coibir fraudes com a compra de produtos em estados com menor carga tributária para venda naqueles onde o preço é mais alto. A mudança foi oficializada com a sanção da Lei Complementar 192 no fim do ano passado.
Com o aumento do preço do botijão de gás, muitos consumidores que já estão sofrendo com o impacto da alta nos preços dos alimentos e outros produtos básicos devem sentir ainda mais a pressão sobre o orçamento. A mudança também pode prejudicar as famílias de baixa renda que dependem do gás de cozinha para preparar suas refeições diárias.
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