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BRASIL PASSA A FABRICAR CÉDULAS PARA A ARGENTINA DEVIDO À CRISE ECONÔMICA

 


A crise econômica que assola a Argentina tem levado o país vizinho a recorrer ao Brasil para a fabricação de suas cédulas de dinheiro. Com o objetivo de reduzir os custos com a impressão do peso argentino, a Casa da Moeda brasileira deverá produzir aproximadamente 20 milhões de cédulas semanalmente neste ano, incluindo as novas notas de 2 mil pesos, totalizando 1 bilhão de notas até o final do ano.

Desde 2020, o Brasil tem alocado sua capacidade ociosa na Casa da Moeda para fabricar os pesos argentinos. No ano passado, foram produzidas 600 milhões de cédulas para atender à demanda do país vizinho. Marcone Leal, superintendente do departamento de cédulas da Casa da Moeda, explica que essa estratégia visa ocupar a capacidade ociosa e encontrar negócios que garantam a sua utilização.

A Argentina, por sua vez, não tem se limitado ao Brasil para suprir sua necessidade de cédulas. O país também está importando dinheiro da China e de outros países europeus. A crise econômica argentina é marcada por uma desvalorização significativa do peso. Em 2017, a cédula de mil pesos valia cerca de US$ 55 (R$ 270), enquanto atualmente seu valor de mercado despencou para menos de US$ 5 (R$ 25), representando uma queda de mais de 90% em seis anos.

A situação econômica da Argentina se agravou à medida que o governo local enfrenta pesados déficits públicos, financiados pela emissão de moeda pelo Banco Central da República Argentina. No dia 22 de maio, entrou em circulação no país a nova cédula de 2 mil pesos (R$ 40), a de maior valor nominal em circulação na Argentina. A expectativa do Banco Central é que essa medida facilite as transações bancárias e alivie a sobrecarga dos caixas eletrônicos.

No entanto, a nova cédula de 2 mil pesos pouco soluciona a vida dos argentinos no dia a dia. Com esse valor, é possível comprar apenas meio quilo de macarrão, sendo insuficiente até para adquirir uma lata de leite em pó, que custa quase 3 mil pesos. Em março, a cesta básica no país ultrapassou a marca dos 60 mil pesos (pouco mais de R$ 1,3 mil), de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina.

A crise econômica vivenciada pela Argentina tem levado o país a buscar soluções alternativas para a fabricação de suas cédulas de dinheiro. A parceria com o Brasil tem permitido a produção de milhões de cédulas semanalmente, aliviando os custos com impressão. No entanto, a desvalorização do peso argentino e a inflação significativa continuam a afetar a população, tornando o poder de compra cada vez mais restrito. A busca por estabilidade econômica e medidas efetivas para enfrentar a crise se tornam prioridades para o governo argentino, a fim de proporcionar melhores condições de vida para os argentinos e restaurar a confiança na moeda nacional. Resta acompanhar os desdobramentos da crise econômica na Argentina e como as medidas adotadas pelo país vizinho, como a importação de cédulas do Brasil, poderão contribuir para sua recuperação. A estabilidade econômica é essencial para garantir o bem-estar da população e promover um ambiente favorável ao crescimento e desenvolvimento sustentável.

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