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SUBSTITUIÇÃO DO "AEROLULA": ESTUDO REVELA OPÇÕES PARA AVIÃO PRESIDENCIAL E GERA POLÊMICA

 


O Ministério da Defesa entregou ao Palácio do Planalto um estudo realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em resposta ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de substituir o Airbus A319-ACJ, conhecido como "Aerolula", por uma aeronave mais confortável. O custo estimado para essa substituição pode variar entre US$ 70 milhões e US$ 80 milhões, aproximadamente R$ 400 milhões, de acordo com informações obtidas pelo Estadão.

A presidência informou que ainda não tomou uma decisão final em relação à troca da aeronave presidencial. No entanto, o desejo do presidente Lula e da primeira-dama Janja por um avião mais luxuoso, com comodidades como uma cama de casal, um banheiro com chuveiro, um gabinete de trabalho privativo e uma sala de reuniões, tem gerado polêmica.

Para atender a essa demanda, a FAB identificou um Airbus A330-200 usado registrado em nome de uma empresa de leasing com sede na Suíça. Embora o antigo proprietário não tenha sido revelado por questões de confidencialidade, especialistas da área acreditam que provavelmente era um dirigente árabe. Esse tipo de avião é frequentemente utilizado por príncipes e xeques árabes, que muitas vezes o vendem após pouco uso.

A preferência por um avião usado foi inicialmente divulgada pelo site Metrópoles e posteriormente confirmada pelo Estadão. No entanto, a conversão dos atuais A330 da FAB para um arranjo presidencial enfrenta desafios, pois a Aeronáutica precisa dessas aeronaves para tarefas como reabastecimento em voo de caças, deslocamento rápido de pessoal e socorro médico.

Os altos custos envolvidos na adaptação do Airbus para atender às especificações presidenciais tornaram a aquisição de um novo avião a opção mais viável. O presidente Lula tem expressado insatisfação com o desconforto de suas viagens internacionais desde o início de seu terceiro mandato.

A oposição tem criticado veementemente o possível gasto de mais de R$ 400 milhões em um novo avião presidencial, argumentando que isso representa irresponsabilidade e desperdício de dinheiro público, especialmente em meio à crise financeira e ao aumento constante de impostos.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) expressou seu descontentamento com a situação, chamando a atitude de Lula de "mau exemplo" e ressaltando a necessidade de investimento em questões mais urgentes no Brasil. O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, classificou a aquisição de uma nova aeronave presidencial como "irresponsabilidade" e "absurdo" em meio às dificuldades econômicas do país.

O "Aerolula" foi adquirido em 2004 por cerca de US$ 56,7 milhões e pertence ao Grupo de Transporte Especial (GTE) com sede em Brasília, usado para viagens de longa distância. A nova aeronave em consideração, o A330, é semelhante aos dois A330-200 adquiridos pela FAB em 2022, que custaram aproximadamente US$ 80 milhões cada. A autonomia do A330 é quase o dobro do atual "Aerolula", proporcionando maior alcance para voos internacionais.

A substituição do avião presidencial continua sendo um tópico de debate acalorado, com questões sobre prioridades financeiras e o uso responsável dos recursos públicos em foco. O governo avaliará as opções à medida que busca atender às necessidades presidenciais, mantendo um olhar atento da oposição e da sociedade.





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