No coração da COHAB II, o bairro Parque Boa Vista vive um cenário de
negligência e esquecimento por parte do poder público. Independentemente da
estação, seja inverno ou verão, os moradores enfrentam dificuldades extremas de
acesso devido à presença de inúmeros buracos nas vias, que mais se assemelham a
crateras. A situação se agrava com a chegada do inverno, quando a água
transforma essas cavidades em verdadeiros lamaçais, exacerbando ainda mais a
problemática do trânsito local.
Os residentes do Parque Boa Vista não estão silenciosos frente a essa
adversidade. Eles já mobilizaram uma série de ações na tentativa de chamar a
atenção do poder público para a urgente necessidade de reparos e melhorias na
infraestrutura do bairro. Petições foram enviadas, protestos organizados e
inúmeras matérias jornalísticas foram produzidas, destacando o abandono do
local. Canais de televisão chegaram a reportar a precária situação das vias,
mas, até o momento, nenhuma medida efetiva foi tomada para solucionar os
problemas enfrentados pela comunidade.
A dificuldade de acesso ao bairro não é apenas uma questão de
inconveniência; é um problema que afeta diretamente a qualidade de vida de seus
habitantes. Com as vias em estado deplorável, os moradores têm seu direito de
ir e vir comprometido, impactando desde a rotina diária até questões
emergenciais de saúde, onde cada segundo é precioso. Além disso, a situação
precária das estradas dificulta a entrega de serviços básicos e essenciais,
como coleta de lixo e assistência médica domiciliar.
Este cenário reflete uma problemática maior relacionada à distribuição
desigual de atenção e recursos por parte das autoridades municipais. Enquanto
algumas áreas recebem melhorias contínuas, outras, como o Parque Boa Vista, são
deixadas à margem, evidenciando um desequilíbrio que questiona o compromisso
dos gestores públicos com a equidade urbana.
A luta dos moradores do Parque Boa Vista por reconhecimento e ação por parte
do poder público é um lembrete pungente da importância da gestão urbana
inclusiva e responsiva. À medida que a cidade avança, é imperativo que nenhuma
comunidade seja deixada para trás, garantindo que todos os cidadãos tenham
acesso a infraestruturas básicas que sustentam uma vida digna e produtiva. A
situação no Parque Boa Vista não é apenas um chamado à ação para as autoridades
locais, mas um apelo à consciência de todos os cidadãos sobre a necessidade de
construir uma cidade verdadeiramente para todos.
Clevis Oliveira
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