Ticker

6/recent/ticker-posts

ARTICULAÇÕES NACIONAIS AVANÇAM PARA FORMAR NOVA SUPERFEDERAÇÃO E FUSÃO PARTIDÁRIA COM IMPACTO DIRETO NO CEARÁ



As movimentações políticas em Brasília estão redesenhando o cenário partidário no Brasil. Duas articulações nacionais vêm ganhando força e poderão ter impacto direto nas eleições de 2026, inclusive no Ceará. De um lado, a formação da superfederação entre União Brasil e Partido Progressistas (PP), batizada de “União Progressista”. Do outro, a possível fusão entre PSDB e Podemos, que criaria uma nova legenda. Apesar dos modelos diferentes — federação e fusão —, o objetivo é o mesmo: fortalecer as legendas e ampliar sua representatividade no Congresso Nacional, nos governos estaduais e nas prefeituras.

Começando pela União Progressista, a federação entre União Brasil e PP já nasce como uma das maiores forças políticas do país. Juntas, as siglas somam 109 deputados federais, 14 senadores, seis governadores e mais de 1.300 prefeituras. A formalização foi feita na última terça-feira, dia 29, mas ainda depende de registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No Ceará, essa união reúne atualmente 18 prefeituras, sete deputados estaduais e cinco deputados federais. Apesar do potencial de força, os dois partidos têm posições distintas no estado: enquanto o União Brasil reúne tanto aliados quanto opositores do governo estadual, como o ex-deputado Capitão Wagner, o PP integra a base aliada do governador Elmano de Freitas, do PT.

Nos próximos dias, reuniões entre lideranças das duas siglas devem definir o comando da federação no estado. Segundo informações já divulgadas, há um entendimento de que o União Brasil deve assumir a presidência da federação no Ceará. Capitão Wagner, que preside o partido no estado, apontou ainda que a tendência é de que a federação atue como oposição ao governo estadual. Outro nome importante que pode integrar o grupo é o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), cotado para disputar o Governo do Estado e que pode se filiar à nova federação.

Já do outro lado, o PSDB e o Podemos estão em fase de conversas avançadas para uma possível fusão. O PSDB aprovou nesta semana a abertura formal do processo de unificação com o Podemos, e, caso seja concluída, a nova legenda terá 28 deputados federais, sete senadores, dois governadores e cerca de 400 prefeitos.

No Ceará, no entanto, o alinhamento entre os dois partidos ainda é incerto. Enquanto o PSDB faz oposição histórica ao PT, o Podemos tem mantido proximidade com o governo estadual. A expectativa é que essa questão seja discutida no próximo dia 9, durante visita da presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, a Fortaleza. Ela deverá se reunir com os presidentes estaduais das duas siglas, Bismarck Maia (Podemos) e Ozires Pontes (PSDB), além do ex-senador Tasso Jereissati, uma das figuras mais influentes do PSDB cearense.

Os desdobramentos dessas articulações devem influenciar diretamente a montagem das chapas para 2026 e a distribuição de recursos do fundo partidário, tempo de propaganda no rádio e TV, além de impactar o jogo político nos estados e municípios.

Postar um comentário

0 Comentários