A cidade de Abaetetuba, no nordeste do Pará, vive um momento de luto e consternação após o assassinato brutal do radialista, DJ e promotor de eventos Luisinho Costa, ocorrido na manhã desta terça-feira (27). O crime aconteceu dentro do estúdio da Rádio Comunitária Guarany FM, enquanto o comunicador apresentava seu programa ao vivo.
De acordo com testemunhas, dois homens encapuzados e armados invadiram o estúdio e dispararam diversas vezes contra a vítima, que morreu no local antes de receber qualquer tipo de socorro. O ataque, que interrompeu a transmissão da rádio de forma abrupta, chocou a população local e provocou uma onda de indignação nas redes sociais.
Luisinho era figura conhecida e querida no meio artístico e cultural de Abaetetuba. Além de atuar como radialista, também era DJ e promotor de eventos, mantendo uma forte ligação com a juventude e os movimentos culturais da cidade. Filho de Bené Costa, veterano da comunicação paraense e atual diretor da Guarany FM, Luisinho seguia os passos do pai na defesa da comunicação popular e comunitária.
O radialista deixa esposa e uma filha pequena. Amigos, colegas de profissão, ouvintes e moradores da cidade prestaram homenagens emocionadas e clamam por justiça. A comoção é geral, e o episódio gerou novos debates sobre a violência contra comunicadores no interior do país, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.
A Polícia Civil do Pará investiga o caso, mas até o momento não foram divulgadas informações oficiais sobre os suspeitos ou a motivação do crime. O assassinato levanta sérios questionamentos sobre a segurança de profissionais da comunicação e a liberdade de imprensa no Brasil.
A morte de Luisinho Costa não é apenas uma perda para a comunicação local, mas representa também um ataque direto à liberdade de expressão e à vida de quem faz do microfone uma ferramenta de serviço à população.
A cidade segue de luto, e o país observa mais um triste capítulo da realidade enfrentada por muitos comunicadores, especialmente aqueles que atuam em áreas periféricas e com poucos recursos de segurança e proteção institucional.
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