Nesta sexta-feira, 18 de julho, a Polícia Federal deflagrou mais uma operação com fortes impactos políticos. Agentes cumpriram mandados judiciais de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de impor medidas cautelares severas, como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de comunicação — inclusive com o próprio filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente no exterior. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que justificou as medidas alegando risco de fuga.
A movimentação policial ocorre no mesmo momento em que o ex-presidente volta ao centro das atenções nacionais e internacionais. Um dia antes, veio a público uma carta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na qual ele manifesta apoio a Bolsonaro e pede a suspensão imediata do julgamento que o brasileiro enfrenta no STF. Para aliados do ex-presidente, a operação pode ter sido uma resposta direta à repercussão do documento americano. No entanto, fontes ligadas à investigação apontam que a ação faz parte de um inquérito sigiloso aberto em 11 de julho, o que indicaria uma linha investigativa já em curso, independentemente da carta.
De acordo com a nota divulgada pela Polícia Federal, a ação faz parte da Petição nº 14129, tramitando no Supremo. Além da busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente, Bolsonaro está sujeito a diversas medidas restritivas: está proibido de utilizar redes sociais, de manter contato com representantes diplomáticos estrangeiros, e deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno, permanecendo em casa entre 19h e o início da manhã do dia seguinte.
A notícia foi confirmada em primeira mão pelo Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes e BandNews TV, e rapidamente gerou reações em diversos setores da sociedade. Parlamentares da oposição classificaram as medidas como arbitrárias e políticas, enquanto aliados do governo defenderam a atuação do STF como necessária para garantir a legalidade e evitar riscos ao processo judicial.
Com isso, o ambiente político brasileiro se acirra ainda mais, reacendendo o embate entre os poderes e colocando Bolsonaro novamente no epicentro da crise institucional. As cenas de hoje mostram que, mesmo fora do poder, o ex-presidente segue sendo um dos principais personagens da vida pública nacional.
0 Comentários
Deixe sua Mensagem no Clévis Oliveira